Douglas Dutra

26 de abr de 20171 min

Quilombos recebem certificação da Emater

No período de escravidão no Brasil, os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos.

Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade.

Os descendentes desses escravos trazem até os dias de hoje alguns costumes, assim como a valorização da fauna e da flora, a fim de conversar o meio ambiente.

Como forma de auxílio, Governo Federal criou algumas políticas públicas como reconhecimento de direitos etnorraciais e territoriais. Por conta disso, emergiram das lutas sociais novos sujeitos de direitos e cidadania: as comunidades de quilombos. Desse contexto surge a política pública de promoção da igualdade racial direcionada à população negra.

O Programa Brasil Quilombola, que, dentre os seus eixos de atuação, objetiva o reconhecimento e titulação territorial das comunidades quilombolas.

Desta forma, o município de Piratini também mantém suas raízes quilombolas, com várias comunidades que contam com o suporte técnico da Emater.

Para melhor atender essas comunidades, três certificações foram entregues na quarta-feira, dia 12, uma delas na Serra das Asperezas, onde está localizado o quilombola Brasa Moura.

A entidade é coordenada por Eva Lopes Teixeira de Ávila, neta de parteira e benzedeira, que após ficar viúva, criou sozinha seus oito filhos. “Ela sempre pediu para que não deixasse o local abandonado, perdido”, comenta Eva.

Além desse quilombo, também foram certificados Raulino Lessa, na cidade, e Nicanor da Luz, no Cancelão.