Douglas Dutra

16 de out de 20192 min

Se toque: a prevenção é o melhor caminho

Desde a década de 90, o mês de outubro é dedicado à conscientização e prevenção do câncer de mama, na campanha do Outubro Rosa. O movimento se intensificou nos últimos anos com ações informativas em toda a rede de saúde e pela internet.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2,1 milhões de mulheres são afetadas pela doença, e é o câncer que mais causa mortes de mulheres, com 627 mil fatalidades.

No Brasil, o Ministério da Saúde estima que foram 59.700 novos casos de câncer de mama em 2018, e que em 2017, 16.927 morreram em decorrência da doença.

No entanto, como se acreditava no passado, o câncer de mama já não é uma certeza de morte. O autoexame e o diagnóstico precoce permitem altas taxas de cura. O diagnóstico do câncer é confirmado em uma biópsia, retirando um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita.

Não existe apenas um tipo de câncer de mama, e o tratamento varia de acordo com a fase em que o tumor se encontra e as especificidades da paciente, podendo incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica, cada uma com diferentes efeitos adversos.


 
O câncer de mama pode ser percebido em suas fases iniciais de acordo com seus sinais e sintomas. O nódulo, fixo e, geralmente, indolor, é a principal forma de identificar a doença. Outros sinais são a pele da mama avermelhada ou retraída, alterações no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e a saída de líquido anormal pelos mamilos. Na presença de quaisquer destes sintomas, a mulher deve procurar imediadamente orientação médica.

A principal forma de evitar o câncer de mama e detectá-lo em estágio inicial é o autoexame, que pode ser realizado a qualquer momento que a mulher sinta-se confortável, como no banho, observando qualquer anormalidade que possa surgir na região mamária.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que o principal fator de risco para a doença é a idade, visto que quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos.

Outros fatores de risco incluem o sobrepeso após a menopausa, o sedentarismo, a exposição frequente a raios-X, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, o uso de contraceptivos hormonais e histórico familiar de câncer de ovário e de mama.

A detecção rápida do câncer de mama aumenta radicalmente as taxas de sucesso no tratamento, e todo o apoio e tratamento é ofertado pelo SUS, além de contar com diversas instituições que auxiliam o processo de cura.

PREVENÇÃO
 

 
Mesmo com o tratamento sendo eficaz, a melhor saída segue sendo a prevenção, e hábitos do cotidiano ajudam a evitar o desenvolvimento da doença. A prática de atividades físicas e uma alimentação saudável são fundamentais para uma maior qualidade de vida. Segundo o INCA, estima-se que, com a alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequados, é possível reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama no Brasil.

Importante relembrar o diagnóstico precoce aumenta drasticamente as chances de cura. O autoexame e a mamografia salvam vidas, e não há razão para ter medo. Toda a rede de saúde, através do SUS, está preparada para oferecer o tratamento adequado durante todo o processo.

Gráfico traduzido de UVA Cancer Center.