Quilombos recebem certificação da Emater
No período de escravidão no Brasil, os negros que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos.
Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade.
Os descendentes desses escravos trazem até os dias de hoje alguns costumes, assim como a valorização da fauna e da flora, a fim de conversar o meio ambiente.
Como forma de auxílio, Governo Federal criou algumas políticas públicas como reconhecimento de direitos etnorraciais e territoriais. Por conta disso, emergiram das lutas sociais novos sujeitos de direitos e cidadania: as comunidades de quilombos. Desse contexto surge a política pública de promoção da igualdade racial direcionada à população negra.
O Programa Brasil Quilombola, que, dentre os seus eixos de atuação, objetiva o reconhecimento e titulação territorial das comunidades quilombolas.
Desta forma, o município de Piratini também mantém suas raízes quilombolas, com várias comunidades que contam com o suporte técnico da Emater.
Para melhor atender essas comunidades, três certificações foram entregues na quarta-feira, dia 12, uma delas na Serra das Asperezas, onde está localizado o quilombola Brasa Moura.
A entidade é coordenada por Eva Lopes Teixeira de Ávila, neta de parteira e benzedeira, que após ficar viúva, criou sozinha seus oito filhos. “Ela sempre pediu para que não deixasse o local abandonado, perdido”, comenta Eva.
Além desse quilombo, também foram certificados Raulino Lessa, na cidade, e Nicanor da Luz, no Cancelão.