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Feira do feijão orgânico é atração em Piratini

Aconteceu na ultima quarta-feira (17) em Piratini, a 3ª feira do feijão orgânico. Além do prestigio da comunidade, o evento contou também com a presença de autoridades locais e regionais do ramo de plantio orgânico. A feira é organizada pela Associação de Produtores Ecológicos do Assentamento da Conquista da Liberdade, a APECOL, que já normalmente ocorre em menor escala todas as quartas na cidade, vendendo também produtos coloniais como cucas, pães e geleias.


José Gabriel, Presidente da APECOL e produtor, mais conhecido por “seu Bilio” ressalta a grande importância do evento: “é de uma alegria imensa, porque expor produto de qualidade orgânica e ecológica é expor saúde para a comunidade, então para nós fazer isso é de uma satisfação muito grande. Dizer que o evento faz esse movimento lindo que nós temos aqui hoje, aonde as pessoas vem, olham e tocam no produto pra ver que é verdadeiro, limpo; a qualidade é surpreendente, e o nosso povo que está produzindo. Lembrando também que termos feijão nesse período do ano sem nada de produtos químicos, significa que nosso povo além de saber produzir o produto de qualidade, também está sabendo fazer o armazenamento adequado.”


Os alimentos orgânicos basicamente são aqueles que utilizam técnicas de plantio que não prejudicam o solo, produzidos de forma natural e em pequena escala, assim não dependendo, nem fazendo o uso de agrotóxicos, que são pesticidas altamente tóxicos usados para combater as pragas, porém que aumentam e muito os riscos à nossa saúde, tendo em sua fórmula até substancias cancerígenas.


Luciana Pranke, extensionista da EMATER, fala um pouco sobre o quanto esse evento e seus resultados são importantes para a entidade: “este evento fomenta principalmente a comercialização de produtos, a gente incentiva e acompanha a produção agrícola, e faz toda prestação de assistência técnica. Mas eventos como esses, que fomentam o comércio desses produtos são importantes, pois é o fim da cadeia. A gente estimula a plantação, o cultivo correto, e a comercialização vem para finalizar, é a decorrência de todo processo. Então nesses eventos mostra-se o trabalho finalizado, o resultado do trabalho realizado durante todo o ano”.


Os feijões, grande atração da feira tiveram total evidencia, onde foram expostos 30 dos mais de 300 tipos, todos livres de agrotóxicos e totalmente orgânicos. As famílias responsáveis pela produção faziam a venda e em cada saquinho havia escrito o nome do tipo e o nome da família produtora, assim criando uma aproximação entre produtor-consumidor que normalmente não se vê nos mercados. E é exatamente essa a ideia, aproximar o consumidor do produto saudável, que diga-se de passagem também é muito mais barato.


Roberta Coimbra, produtora rural, nos explica sobre o trabalho das famílias: “nós temos uma proposta do nosso grupo, até porque nós somos compostos por produtores ecologistas, que é a proposta de resgate da biodiversidade, e um dos talentos aqui dessa região é a de produção do feijão. Então a gente tem um trabalho há mais anos junto com a Embrapa, Emater e Bionatur, que é a nossa cooperativa de sementes agroecológicas, no resgaste de variedades de feijão, e aí quando a gente aumentou esse trabalho, a gente resolveu divulgar melhor isso, não sempre em Porto Alegre, mas sim mostrando pro nosso povo de Piratini o trabalho que está sendo feito aqui, pra que ele possa saber que temos no interior algo acontecendo, e também já tentando trazer mais pessoas pro nosso meio”.


A feira teve abertura oficial às 10h e foi até às 18h, paralela a ela, no galpão de rondas do CTG 20 de setembro ao meio dia teve feijoada a preço popular, e a tarde ocorreu um debate sobre produção orgânica com alunos das escolas Adão Pretto e Vieira da Cunha - ambas do interior do município. Ao final da feira os organizadores relataram muita satisfação com o resultado, pois algumas qualidades dos feijões acabaram até esgotando. E, para o próximo ano, de acordo com as expectativas a projeção de procura será ainda maior.


Lembrando que a feira em menor escala com produtos coloniais e orgânicos acontece todas as quartas-feiras na Praça Inácia Machado da Silveira, mais conhecida por Palanque.

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