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Larissa Moraes e Nael Rosa

Diego Espíndola fala sobre sua condenação


Diego Espíndola, secretário municipal de Saúde de Piratini, usou uma de suas redes sociais para manifestar-se sobre o processo do qual é réu da Ação Civil Pública, onde o Ministério Público é autor e já o condenou por improbidade administrativa em duas instâncias, sendo ele obrigado a pagar 39 mil reais em multa e a perda da função como gestor da saúde em Piratini. A pena imputada é devido ao secretário ter intermediado a partir de 2011 a contratação de funcionários para a Estratégia de Saúde da Família- ESF, através da Associação Venda da Lata sem a realização da devida seleção ou concurso público, o que conforme a sentença fere princípios básicos da administração pública. A manifestação de Diego, que ainda não havia se pronunciado sobre o caso, provocou uma onda de apoio pelas redes sociais que mostram a aprovação de sua gestão frente à pasta e ainda de críticas ao Poder Judiciário que aguarda assim como o gestor o julgamento do último recurso, hora analisado pelo Supremo Tribunal Federal e que vai decidir se haverá ou não afastamento da função pública, pois a multa de cinco vezes o salário de secretário acrescida de juros já está sendo executada. Na nota, Espíndola frisa que é preciso esclarecer (já que questões processuais normalmente estão distantes dos interesses e da compreensão da maior parte da população), que a acusação não trata de desvio de dinheiro público, mas sim de improbidade administrativa, ou seja, não respeitar toda a burocracia, o que ele classifica como estúpida imposta pela legislação brasileira. “Jamais coloquei em meu bolso um centavo de forma indevida”, ressalta o secretário. Ele destaca que o processo segue correndo e não é definitivo e continuará a recorrer às instâncias competentes buscando esclarecer os fatos e apurar se existe culpa, e quem seriam de fato os culpados pelas alegadas irregularidades. “Mantenho minha fé na justiça do Brasil, mesmo que ela nos últimos tempos tenha faltado tanto com seu compromisso de salvaguardar a Constituição Federal e os direitos e deveres de cada cidadão”, disse. Acrescenta Também que todas as vezes que contribuiu com a qualificação do atendimento público, gratuito e com a melhor qualidade possível a cada cidadão, não foi possível o luxo de pensar no passado e que existem ainda muitas dores para curar, enfermidades para tratar e angústias para aliviar, e, enquanto ele, Diego puder contribuir com essas pessoas permanecerá na luta por um SUS gratuito e de qualidade. Por fim, ele agradeceu a família que o tem apoiado muito desde que ingressou na vida pública, também à sua equipe jurídica que continua trabalhando para que ele possa esclarecer e sensibilizar a justiça sobre a realidade dos fatos - e, principalmente, toda a comunidade de Piratini pelo apoio recebido desde que o caso foi destaque na imprensa. “Foi emocionante receber tantas mensagens de carinho, assim como ler tantos e tantos usuários do SUS que atendemos ao longo destes anos comandando a pasta no nosso município, e que não hesitaram em defender nossa história e nosso legado na saúde piratiniense. Isso torna menor qualquer obstáculo em nosso caminho”, encerra.

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