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IPE nega e Laura não tem data para passar por cirurgia


O Instituto de Previdência do Estado (IPE) decidiu ampliar o drama da menina Laura Xavier Garcia, dois meses, internada no Complexo Santa Casa do Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre onde aguarda por um processo cirúrgico que vai instalar à suas mandíbulas parafusos chamados “distratores”, que tem custo de quase R$ 18.00,00, o que vai permitir que os seus maxilares com o tempo e os ajustes feitos pelos médicos regularmente, retornem para a posição natural.


Na tarde desta terça-feira (03/04), o pai de Laura, Márcio Garcia, que junto com a esposa Nimara acompanham a filha na unidade hospitalar, decidiu buscar ajuda da imprensa estadual ao receber, após dias de trâmites da documentação, a resposta que o IPE não vai custear o equipamento da qualidade exigida pelo cirurgião Marcos Colares, profissional que se recusa a trabalhar com o material inferior por já ter tido problemas com o mesmo em procedimentos similares.


“Laura está pronta para ser operada. Já fez todos os exames pré-operatórios. Já está há muitos dias internada. Ocorre que dentro do hospital sempre há o risco de pegar algum tipo de infecção. Na outra extremidade, em casa, ela não sobrevive sem assistência.”


Um dos temores do pai é porque a retração dos maxilares provoca também o recuo da língua, impedindo a passagem parcial do ar, o que faz com que os médicos tenham que aspirar Laura até três vezes por dia para garantir o pleno funcionamento da questão pulmonar.


Como o IPE não cobre o custo com o cirurgião, as comunidade de três cidades: Hulha Negra, Pinheiro Machado e Piratini, se uniram e levantaram o valor dos honorários cobrados pelo médico e pelo anestesista, ou seja, o que os pais consideravam a parte mais difícil foi solucionada com rapidez através da solidariedade.


A saída tentada pelo pai agora além de fazer o caso ganhar repercussão no Estado, é acionar o Instituto de Previdência do Estado na esfera judicial para tentar reverter a situação.


A menina nasceu também com a ausência do palato, ou seja, o chamado céu da boca, o que necessitará de outra intervenção cirúrgica em aproximadamente um ano.

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