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Cadela permanece em sala de aula e recebe carinho dos alunos


Ela não tem e, ao que contam, nem gosta de ter residência fixa. É tão dócil que impede de a direção do Instituto de Educação Ponche Verde a expulse até mesmo da sala durante as reuniões de professores e, dado o devido desconto, sabe-se que ela também é cheia de atitudes, pois recentemente em um enlace matrimonial, entrou na igreja e sem se importar com toda pompa e circunstância que envolve um casamento primeiro sentou-se e depois permaneceu deitada no longo véu da noiva.


Parte dessa narrativa é da professora Nara Terezinha, só mais uma das fãs que a cadela Belinha tem não só no educandário onde vive cercada de carinho, mas de muitas e muitas pessoas da comunidade de Piratini que há ao menos três anos adotou a bichinho que ninguém sabe como, quando e de onde surgiu.


“Dizem, mas isso não foi confirmado, que ela veio seguindo a chama crioula buscada em Pinheiro Machado em 2015, e que quando cansava os cavalarianos a colocavam no caminhão que dava assistência durante o percurso para que descansasse um pouco e logo a seguir seguisse viagem”, conta a professora Nara.


Como Belinha tem a permissão dos gestores e o carinho dos aprendizes, enquanto fazíamos a reportagem ela recebia em sala de aula os afagos de todos que se apertavam para saírem nas fotos realizadas para ilustrar a matéria.


“Ela parece que sabe os horários da escola. Às 07:30 h pode cuidar que lá vem Belinha atravessando a rua. Depois vai embora meio dia e 13h, horário da tarde, retorna para ficar em meio e inclusive merendar com os estudantes”, garante Nara.


Entre as preferências da simpática cadelinha ainda estão carreatas para comemoração de títulos da dupla Gre- Nal, missas e visitas ao Museu Histórico Farroupilha.

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