Operação Epístola é deflagrada nesta quinta-feira (19/04) em Piratini
Deflagrada nesta manhã pela Polícia Civil em Piratini a Operação Epístola. Comandada pelo Delegado Rafael Vitola Brodbeck, da Delegacia de Polícia de Piratini, com apoio de agentes da DEFREC/Pelotas, foram cumpridas quatro prisões temporárias e três mandados de busca e apreensão, sendo encontrado material probatório importantíssimo para as investigações em andamento. Os presos A.A.S., D.A.V., C.R.P.V. e M.P.V., foram levados para a Delegacia para interrogatório.
O inquérito policial investiga crimes de ameaça e extorsão, cometidos mediante cartas com falsa autoria atribuída a uma outra pessoa, fazendo sobre ele recair a culpa, enquanto poderia haver, pelos presos, uma suposta vantagem econômica. Algumas mensagens ameaçadoras foram feitas também por mensagens de texto oriundas de um aparelho celular, que foi encontrado com A.A.S., mas em nome de C.R.P.V.
As cartas e mensagens eletrônicas ameaçadoras foram enviadas por A.A.S., D.A.V. e M.P.V., a várias pessoas. A própria A.A.S. recebeu cartas, em uma simulação de ameaça, para dar a entender que outro era o criminoso que a ameaçava.
Outras mensagens eletrônicas, também em tom ameaçador, foram enviadas a princípio por A.A.S., para uma professora, deixando em pânico uma escola, pois nelas se falava em sequestro de uma criança, filha da própria A.A.S. Ou seja, havia uma simulação de ameaça à sua própria filha.
Foi representada pelo Del. Brodbeck a prisão temporária justamente pela absoluta necessidade para o deslinde do inquérito. Isso se provou importante, de vez que no interrogatório ficou claro que A.A.S., além dos crimes apurados, registrou o número do aparelho celular que originou as mensagens, no nome de C.R.P.V., sem que ela soubesse. A.A.S. aproveitou-se de ter contratado anteriormente C.R.P.V. para um serviço em sua casa para saber os seus dados e assim registrar o número telefônico.
Será representada pelo delegado a soltura de C.R.P.V. junto ao fórum local. As investigações estão avançadas e, com as prisões, o inquérito será logo enviado ao Poder Judiciário.
A.A.S. responde também por outro fato, muito semelhante, na mesma DP/Piratini, cometido em 2008, e que foi relacionado durante as investigações atuais.