Caps tentará solucionar falta de psiquiatra através de contrato emergencial
Terminou na terça-feira (12/06), o prazo para que profissionais da área da psiquiatria demonstrassem interesse no edital de seleção pública (o segundo consecutivo com esse propósito), para integrar a equipe de atendimento a pessoas com transtornos mentais que se utilizam do Centro de Apoio Psicossocial- CAPS Farroupilha, que há meses não mais disponibiliza o serviço.
Conforme Gerusa Porto, psicóloga e coordenadora da instituição (foto), as tentativas para a contratação têm sido frustradas, pois nos contínuos editais nenhum psiquiatra tem demonstrado interesse. E o motivo, conforme sua avaliação, é a baixa remuneração. “O salário oferecido através deste sistema de seleção é muito baixo se comparado ao praticado no mercado”, aponta a coordenadora.
Mas ela acrescenta que há uma ordem judicial obrigando a prefeitura a atender nessa área o mínimo de trinta pacientes por mês, assim, com o final do prazo determinado por lei para a seleção que não se concretizou, o contrato emergencial será a saída. Para isso é necessário que três profissionais se habilitem e instituam seus salários, sendo escolhido o menor valor. E neste sentido um alento, pois até a semana passada dois psiquiatras pelotenses já haviam manifestado interesse em atender em Piratini.
“Esperamos definir rapidamente quem passará a atender, pois apesar de o tratamento dos pacientes ser composto por uma engrenagem onde temos enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, assistentes sociais e acompanhantes terapêuticos, a intervenção psiquiátrica é de extrema importância, pois senão fica uma lacuna nos procedimentos necessários, já que o ideal é que quem precisa do serviço passe por uma avaliação necessária uma vez a cada três meses”,observa.
A psicóloga concluiu dizendo que a demanda para as consultas da área é grande sendo que a lista de espera alcança cem pessoas e que do todo disponibilizado pelo CAPS mensalmente usufruem trezentos usuários.