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Civil encerra dezenas de inquéritos e família é indiciada por furto qualificado


“Eles não dão mais trabalho à polícia porque estão todos presos”. A frase foi emitida nesta quinta-feira, 19, pelo delegado de polícia Rafael Vitola Brobeck, com a óbvia satisfação de quem, junto com sua equipe, fez com que quatro integrantes de uma família conhecida como “Os Góizinhos”, retornassem ao encarceramento ou conhecem o mesmo ao serem indiciados por nada mais nada menos que 30 furtos praticados em residências de Piratini.


Na terça-feira, 17, o último deles, J.M.G., 48 anos, foi encaminhado ao Presídio Regional de Canguçu para onde, junto com seu filho M.C.G., 19 anos, já havia sido levado em 19 de junho deste ano por terem sido flagrados pela Brigada Militar no bairro Padre Reinaldo com uma moto furtada, aparelhos eletrônicos e 22 facas, mas dias depois pagaram fiança e foram libertados.


Em 11 de julho novo encontro entre as autoridades e a família transgressora da lei. Desta vez, novamente M.C.G., e sua namorada de 19 anos, foram presos acusados outra vez pela prática de furto. Para eles, presídio e para o menor também encontrado junto a dupla uma internação em instituição de recuperação em Pelotas.


“São 30 procedimentos, mas todos foram descobertos de uma única vez a partir de uma operação policial na casa deles onde encontramos vários objetos que eram suspeitos de estarem ligados a outros crimes, tudo foi apreendido e começamos uma pesquisa e assim descobrimos que cada um dos objetos estava relacionado a uma investigação de furto. A partir daí as vítimas foram chamadas e reconheceram seus pertences”, relata o delegado.


Por ter repercutido na imprensa e nas redes sociais que a prisão de pai e filho no princípio de julho durou poucos dias, o delegado fez questão de explicar dizendo que furto é um crime afiançável, o que pode confundir o leigo que muitas vezes entende que a pessoa posta em liberdade por decisão da justiça ou ao pagar a fiança arbitrada significa que não será punida, o que não se traduz em verdade.


“A prisão enquanto inquérito é meramente cautelar, preventiva, assim como estar preso durante o processo não assegura que o indiciado será condenado”, explicou Brodbeck.


No caso dos “Góizinhos”, mesmo que a maioria deles não tivesse sido flagrada novamente, o futuro seria o presídio, pois o delegado revelou que justamente no dia em que a Polícia Civil reuniu todos os inquéritos já encerrados, por furto ou receptação e juntos a estes pretendia levar o pedido de Prisão Preventiva para pai e filho, chegou a informação de uma nova ocorrência.


“Já tínhamos elementos suficientes para prendê-los se assim a justiça concordasse, mas sermos informados efetuamos uma nova diligência e novamente os flagramos de posse de objetos furtados. Eles foram presos em flagrante por furto qualificado e naquele momento o filho que respondia seu processo em liberdade voltou para a cadeia, a namorada foi para um presídio em Pelotas e a última prisão foi do pai que agora retornou para a cadeia em Canguçu”, concluiu.

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