Secretário da Fazenda do Espírito Santo avalia convite de Leite
Bruno Funchal tem gestão considerada bem sucedida e pode fazer parte do novo governo.
Representante de uma gestão de finanças estaduais considerada exitosa para a superação da crise fiscal, a qual assola diversos dos estados brasileiros, o secretário da Fazenda do Espírito Santo, Bruno Funchal, 38 anos, confirmou nessa quinta-feira ter recebido o convite do governador eleito Eduardo Leite (PSDB) para ser secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul. Ele analisa o convite, enquanto conclui o trabalho que levou a menor economia do Sudeste do Brasil de um déficit primário de cerca de R$ 1 bilhão, que insistia em pressionar negativamente as contas até 2017, para um incremento de receita projetado em 11% para o fechamento deste ano.
“É um trabalho muito importante. Envolve medidas de redução do custeio da máquina pública e de controle rigoroso de despesas. Tem que ser feito no detalhe, secretaria por secretaria, órgão por órgão. Não basta ter o caráter de um ajuste fiscal. Precisa ser um trabalho contínuo”, define o economista, doutor em Economia e Finanças.
Funchal conta que se sente “gratificado” com os resultados obtidos em sua primeira experiência na administração pública. O secretário capixaba procura ser discreto ao se posicionar sobre o convite do futuro governador gaúcho. Revela que Eduardo Leite o procurou com o objetivo de conhecer aspectos da experiência de gestão implementada no Espírito Santo. “Ainda não nos conhecemos pessoalmente. Tivemos conversas por Skype e WhatsApp. Me coloquei à disposição para ajudar o Eduardo. Recebi o convite com alegria, pois se trata de reconhecimento e valorização pelo trabalho”, descreve.
Além do controle de despesas, Funchal afirma ser um entusiasta do emprego de tecnologias da informação como método de potencializar a produtividade da Receita Estadual. “Nossa administração deixou de lado a atuação meramente fiscalizatória e passou a utilizar cruzamento de bancos de dados, registros da nota fiscal eletrônica e outras ferramentas para aumentar a eficiência da Fazenda”, comenta o secretário.
Funchal transmite orgulho ao contar que seu Estado, que enfrentou uma das mais graves crises de segurança pública pela falta de salários aos servidores, hoje paga o funcionalismo em dia, realiza investimentos com recursos próprios, atraiu empresas e deixará R$ 300 milhões em caixa para os sucessores.