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Douglas Dutra

Audiência sobre estiagem termina sem otimismo

Nesta quinta-feira (12) uma audiência pública na Câmara de Vereadores, proposta pela bancada do PT, discutiu a situação da estiagem que assola Piratini, sem uma resposta imediata do governo do estado.

Estiveram presentes o prefeito Vitor Ivan e representantes da Emater, do MST, dos produtores rurais e da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).


A comunidade, a maioria do meio rural, compareceu em peso, lotando o plenário, preocupada com as perdas do meio rural que só aumentam. Agricultores e seus representantes relataram a situação dramática em que vivem, com a dificuldade para alimentação dos animais e perda expressiva nas lavouras, inclusive a falta de água potável para consumo humano.


Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural de Piratini, Jovan Lima, 180 famílias já são abastecidas de água pelo executivo municipal, um número que deve aumentar nos próximos dias. No momento, a prefeitura dispõe de apenas um caminhão-pipa para realizar esse abastecimento. Na semana passada, um caminhão da CORSAN e outro do Exército Brasileiro vieram à Piratini para dar apoio, no entanto, essa ajuda foi temporária.


De acordo com a Emater, a perda na lavoura aumenta a cada dia. No milho a perda já chega a 70%, enquanto na soja, passa dos 65%, de acordo com os dados desta semana.


O relatório da Emater aponta também que em fevereiro choveu apenas 28mm, quando a média histórica para Piratini é de 120mm no mês.


Decretada em 22 de janeiro, a situação de emergência do município só foi homologada pelo estado esta semana. A demora dos poderes estadual e federal em atender as necessidades só agrava a situação.


O representante da SEAPDR, Aníbal Ribas, destacou que a tendência no estado é piorar, e que na maioria dos municípios a situação é similar a de Piratini. Ele destaca que há esforço e boa vontade por parte da secretaria do estado.


Para a área urbana, o gestor da CORSAN em Piratini, Danilo Vaz, assegura que o nível de água é o suficiente para os próximos 15 dias, e que a situação para o futuro é incerta. Também pede que a população adote o uso racional da água e evite desperdícios.

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