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Redação

Crianças torturadas em Pinheiro Machado vão continuar sob guarda da avó em Piratini

No último sábado (18) veio à tona um crime que chocou todo o Rio Grande do Sul após uma mulher de 49 anos ter a prisão preventiva decretada em Pinheiro Machado. O desfecho começou na quarta-feira anterior (15), quando de um menino de oito anos, com uma das pernas quebrada e diversos sinais de maus-tratos, deu entrada no hospital da cidade.

As autoridades identificaram que o menino e sua irmã, de 10 anos, eram violentados sistematicamente pela mulher, de 49 anos, que os abusava introduzindo uma chave de fenda e cabo de vassoura no ânus e na garganta das crianças.


A mulher também agredia as crianças com um martelo, batendo em suas mãos, braços e pernas. As vítimas também apresentaram queimaduras nas orelhas, mordidas pelo corpo e cortes com faca na região da virilha, e uma delas estava em estado avançado de subnutrição.


O menino de oito anos segue internado em Rio Grande, e os outros três irmãos estão sob tutela da avó, em Piratini. Segundo o promotor Adoniran Almeida Filho, a guarda das crianças para a avó já foi estabilizada por decisão judicial. De acordo com a polícia, o pai das crianças é presidiário e a mãe teria envolvimento com a prostituição.


“Vai haver uma segunda ação judicial, de natureza não-criminal, que é a destituição de poder familiar dos pais. Ainda houve outras ações em favor dos filhos da acusada presa, que tem dois filhos menores de idade, e nós precisamos tomar as mesmas providências de entregar para algum responsável”, acrescenta.


Segundo as investigações, as crianças (dois meninos de 8 e 14 anos e duas meninas de 10 e 12 anos) moravam com a agressora e seus dois filhos adolescentes. A mãe, prostituída, chegava a passar dias fora de casa.


A agressora, que recebia R$ 800 para cuidar das crianças, foi encaminhada ao Presidio Regional de Bagé, e deve ser indiciada por tortura na forma de castigo. A mãe irá responder por tortura na forma de omissão e de castigo. Pela Lei 9.455/97, a pena é de reclusão de dois a oito anos.


Circunstâncias tão traumáticas são difíceis de apagar da memória. No entanto, a competência dos órgãos policiais e da justiça dão esperança de dias melhores para a vida destes quatro irmãos, sendo acolhidos pela avó em um ambiente de amor, carinho e, acima de tudo, feliz.

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