Reeleito, Leite garante que irá cumprir mandato integralmente
Reeleito governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) assegurou que irá concluir integralmente o seu mandato. "Vou ficar até o final. O foco agora é o Rio Grande", disse em entrevista nesta segunda ao Balanço Geral, da Record TV RS. A fala se dá em função da saída de Leite do governo gaúcho em março deste ano. Sobre a vitória de ontem, governador eleito classificou a eleição como uma "renovação de confiança" e reafirmou que governará para "todos".
Leite afirmou que ainda não falou com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Imagino que ele também esteja sobre demanda", disse o tucano. Durante a campanha, Lula disse que pretende reunir-se com os governadores eleitos. O tucano garantiu que estará presente no encontro.
Protestos de caminhoneiros
Leite lamentou os protestos de caminhoneiros no Rio Grande do Sul e no Brasil. Os apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) contestam o resultado das urnas e bloqueiam rodovias. "Qual a intenção? Subverter a decisão da população?" questionou, destacando ainda que a democracia é um regime onde "sempre haverá alguém que perde", mas que a regularidade das eleições "garante que ninguém precisa recorrer a violência".
Ainda sobre a relação com o governo federal, o tucano disse que estará aberto ao diálogo com a nova equipe econômica, caso Brasília apresente uma nova proposta para rever os valores da dívida do Estado.
Objetivos do novo mandato
Entre as principais medidas do novo mandato, Leite ressaltou uma reestruturação da educação. Segundo ele, em função dos problemas financeiros do governo durante os primeiros anos de gestão, houve uma "dificuldade técnica e operacional" que dificultou um melhor aproveitamento. Em função disso, deve propor uma reestruturação entre a secretaria de Obras e da Educação para "conseguir fazer projetos mais rapidamente".
Outra medida que o tucano pretende colocar em prática nos próximos quatro anos é a implementação de uma usina de hidrogênio verde no porto de Rio Grande. O projeto é uma aposta para o desenvolvimento econômico do estado e, principalmente, da metade Sul. "Pode ser transformador do ponto de vista econômico e vai atrair o interesse dos países mais ricos", garantiu Leite.
Relações com a oposição
Reforçando o que já havia afirmando durante sua campanha, o PT, partido que foi oposição à Leite durante o primeiro mandato mas, no segundo turno das eleições abriu voto crítico ao tucano, não deverá participar do seu governo. "Temos convergência na democracia e no respeito as instituições", disse Leite, ao afirmar, contudo, as divergências pragmáticas de agenda. "O PT terá da minha parte uma relação leal e republicana."
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