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Redação

Relatório assinado por cientistas e Mandetta prevê aumento de casos de Covid-19

Um relatório técnico publicado nesta terça (7) por cientistas e pelo ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical” prevê aumento de casos de Covid-19 e reforça a necessidade de isolamento social como forma de combater a pandemia no país. O documento tem assinatura de cientistas da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), da Fiocruz, da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado e do Ministério da Saúde. De acordo com o trabalho, embora o Brasil esteja tentando implementar medidas para reduzir número de casos, principalmente focados no isolamento social, um aumento nos casos Covid-19 é esperado nos próximos meses. “De vários modelos matemáticos mostraram que o vírus será potencialmente circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio”, escrevem os autores. “Assim, existem preocupações quanto à disponibilidade de unidades de terapia intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos necessários para pacientes hospitalizados com COVID-19, bem como a disponibilidade testes de diagnóstico específicos.”

Máscaras Os autores lembram também que diferenças culturais podem impactar as frentes de ação de combate à pandemia. O uso de máscaras é comum e aceito na Ásia — onde é relativamente fácil encontrá-las — mas não na América Latina. “Essas diferenças podem ser decisivas na evolução das pandemias e também precisam ser abordadas protocolos de ciências sociais.” O texto reforça ainda a recomendação de isolamento social, vigente no país. “Se o distanciamento social for eficaz limitando o acesso do público apenas a serviços essenciais, o impacto econômico pode ser ser mitigado enquanto a epidemia é controlada.” O texto reforça que o Ministério da Saúde publicou um Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus COVID-19 no início das infecções no país e que tem experiência pregressa com outro vírus respiratório, o H1N1, cuja pandemia teve início em 2009 e registrou 46.355 casos no Brasil até março de 2010.


Por Agência Bori

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