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Juiz condena dupla que assaltou Esmeraldo a oito anos de prisão


Cinco anos depois de receber a denúncia apurada pela Polícia Civil, a justiça anunciou a sentença dos dois agressores do funcionário Público Esmeraldo Moreira Madruga, hoje com 57 anos, que na noite de 12 de abril de 2013, no bairro Padre Reinaldo, foi espancado e torturado por Bruno Bueno de Oliveira e Dionatan Àvila de Lima para que confessasse onde estava guardada a quantia de R$ 1.100,00, informação que foi obtida com o uso de facas e uma barra de ferro.


Esmeraldo teve o rosto parcialmente desfigurado, mas a cicatriz maior daquela noite quando teve a casa arrombada pela dupla e se encontrava com o filho Cristian Ramon da Silva Madruga, na época com 13 anos, por muito tempo foi de medo, já que considera seus dois algozes extremamente violentos.


Baseado nas provas contidas nos autos, o juiz Mauro Peil Martins sentenciou os acusados a oito anos de prisão em regime inicialmente fechado por assalto à mão armada, e ao pagamento de R$ 800,00 de multa, valor que não foi recuperado na época já que R$ 300,00 foram devolvidos.


Em depoimento durante o inquérito e ainda enquanto o processo, o filho que também foi agredido, foi o responsável por reconhecer os agressores mesmo que estes tenham tentado esconder o rosto. Dionatan era vizinho de Esmeraldo e Bruno era genro, pois namorava uma filha da vítima, e ambos costumavam conviver, inclusive jogar futebol com Cristian, assim eram vozes familiares e ouvidas constantemente, o suficiente para afirmar serem eles os assaltantes.


“Eram 3h da madrugada quando, após arrombarem a porta, eles levaram meu pai para o quarto e começaram a efetuar as agressões, sendo que um dos meliantes me bateu com um ferro na cabeça, fiquei inconsciente por um tempo. Ao acordar fui até o quarto onde os dois estavam agredindo meu pai, até que acharam a carteira com o dinheiro e foram embora”, relatou Cristian em juízo.


Conversamos com Esmeraldo e ele afirma que o hoje o medo já passou, mas que as sequelas daquela noite perduraram por muito tempo.


“Após o assalto nós, eu e meu filho, não conseguíamos dormir, então revezamos. Enquanto um descansava por duas ou três horas, o outro cuidava a porta e o movimento”, relembra.


Ao saber a sentença dada a Dionatan e Bruno, ele lamenta dois pontos: “Eles vão recorrer em liberdade e pelo que fizeram com a gente entendo que mereciam bem mais que os oito anos”.


Os condenados tem grande possibilidade de permanecerem em liberdade se recorrem à segunda instância, ou seja, ao Tribunal de Justiça, situado em Porto Alegre que pode confirmar ou não sentença de primeiro grau.

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