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Prefeito de Pinheiro Machado diz que crise não tem solução a médio prazo


Administrando um município que atravessa uma crise financeira, a maior da história de que se tem conhecimento, o prefeito de Pinheiro Machado, José Antônio Duarte da Rosa- PDT foi enfático ao ser questionado pela reportagem: “peguei um município quebrado e não há perspectiva de melhora em médio prazo”.


Na visão de Zé Antônio, a situação é muito mais grave do que as pessoas imaginam ou tem conhecimento, o que entende ele é causado por uma série de fatores, sendo preponderante a crise que todas as esferas atravessam, mas que atingem mais fortemente os municípios que sofrem a redução e até mesmo com o atraso nos repasses de parte do que é arrecadado com a carga tributária.


Mas ele vai além: “O que está acontecendo agora também deve ser creditado na conta de anteriores administradores da cidade nos últimos quinze anos: prefeitos, vice-prefeitos, secretários e também a Câmara de Vereadores. Todos ficaram olhando isso acontecer e agora eu tenho que tomar as providências necessárias”, disparou o prefeito.


Zé dá exemplos para inércia citada por ele ao apontar os serviços prestados pela prefeitura, onde a taxa para o recolhimento de lixo é a mesma desde 2003, portanto extremamente defasada. O valor cobrado para se sepultar uma pessoa no Cemitério Municipal é considerado irrisório, pois nem mesmo cobre o custo da confecção da sepultura.


Outra grande causa de descapitalização que se reflete de imediato no atraso e parcelamento dos salários dos servidores públicos é o Fundo de Aposentadoria e Pensão e Servidores- FAPS.


“Esse fundo está quebrado, faliu. Quando eu assumi tinha R$ 17 mil em caixa, ou seja: nada perante o que tinha que ser desembolsado ao final do primeiro mês da minha gestão. Mensalmente, para cobrir o rombo, são desembolsados R$ 470 mil para pagar inativos e o motivo disso é que não houve planejamento e um período de carência para acumular recursos, pois foram logo pagando aposentados sem reserva”, resumiu.


Concluindo os fatores preponderantes para o atual e preocupante cenário, ele volta a citar a arrecadação apontando a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços- ICMS, onde a maior geradora, a fábrica da Votorantim, há algum tempo não funciona em sua totalidade, já que fechou sua unidade de mineração, o que além das demissões ocasionou uma redução drástica no imposto que era destinado ao município.

“Ela, a empresa, era responsável por 64% do ICMS da cidade, hoje está em torno 51% e continua em queda”, quantificou.


Ao finalizar, o prefeito disse que os esforços estão sendo todos feitos e neste contexto tomou medidas impopulares como fechar escolas, reduzir drasticamente a estrutura da pasta de educação e também cargos em comissão, mas que um futuro sem atrasos, parcelamento de salários e melhorias necessárias na infraestrutura dependem principalmente da recuperação da economia em nível estadual e nacional.

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