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CNM alerta para "estado de calamidade pública" com saída de médicos cubanos

Presidente Glademir Aroldi crê na permanência dos profissionais até o fim do ano.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alertou, por meio de nota, nesta quinta-feira, que o fim da parceria do governo federal e Cuba pode levar ao “estado de calamidade pública”. Segundo o presidente da CNM, Glademir Aroldi, a situação é de extrema preocupação e aposta que na permanência dos profissionais até o final do ano, ou, “se possível, por tempo maior a ser acordado entre os dois países”.


O presidente adiantou que a entidade buscou o atual governo e o de transição em busca de ações para amenizar os impactos. "Cabe destacar que, na última década, estudo apontou que o gasto com o setor de Saúde sofreu uma defasagem de 42%, o que sobrecarregou os cofres municipais. Os municípios, que deveriam investir 15% dos recursos no setor, já ultrapassam, em alguns casos, a marca de 32% do seu orçamento, não tendo condições de assumir novas despesas", afirmou.


A CNM reforçou que os 8,5 mil médicos cubanos estão distribuídos em 2.885 municípios, sendo a maioria nas áreas mais vulneráveis, como o norte do país, o semiárido nordestino, as cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), as terras indígenas e as periferias de grandes centros urbanos.

Entre os 1.575 Municípios que possuem somente médico cubano do Programa, 80% possuem menos de 20 mil habitantes. "Dessa forma, a saída desses médicos sem a garantia de outros profissionais pode gerar a desassistência básica de saúde a mais de 28 milhões de pessoas", detalha a nota.

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