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Estiagem em Piratini segue sem perspectiva positiva

As expectativas otimistas em relação à chuva em abril não se concretizaram. A falta de chuva, que atinge a maior parte do sul do Brasil desde o final do ano passado, aflige com gravidade a agropecuária. Em Piratini, o cenário continua de preocupação.

Cerca de 550 famílias são abastecidas com água potável no interior do município. Foto: SDR

As perdas ainda não tiveram um cálculo definitivo, mas o impacto já é enorme e, mesmo que chova, os efeitos da estiagem se arrastarão pelos próximos meses.


Para o mês de maio, a perspectiva ainda não é positiva. Segundo a meteorologista Gilsane Pinheiro, do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (CPMET-UFPel), neste mês, o volume de chuvas será abaixo da média.


A mesma tendência é confirmada por órgãos internacionais, como o instituto de meteorologia da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, que prevê neutralidade climática, sem El Niño ou La Niña, e o aumento na precipitação insuficiente.


Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Rural de Piratini, cerca de 550 famílias do interior são abastecidas com água potável, no entanto, o efetivo de um caminhão-pipa e uma caçamba com tanque não é o suficiente para atender à demanda na extensa área rural do município, e o governo do Estado ainda não sinalizou nenhuma ajuda. Além disso, a pasta já fez a abertura de mais de 300 cacimbas, bebedouros e poços no interior do município na tentativa de amenizar a seca.


De acordo com o secretário Jovan Lima, a maior fragilidade nesse momento, em especial na agricultura familiar, é a alimentação dos animais.


"Uma família que tem porcos e galinhas, não vai ter o milho que ela plantava pra subsistência e pra alimentar esses animais. Muitos já se desfizeram destes animais, já venderam ou consumiram e não têm o milho pra consumo. Essa é uma realidade que vai prosseguir mesmo quando passar a estiagem", aponta Jovan.


Com a chegada do inverno, o secretário acredita que o pior momento da estiagem deve ser no frio com as geadas, que devem impedir o crescimento de vegetação e causar o enfraquecimento dos animais.


As famílias passando por mais dificuldades estão sendo atendidas com a doação de alimentos, e a Secretaria de Desenvolvimento Rural já solicitou cestas básicas à Defesa Civil. Doações à estas famílias podem ser feitas através da Secretaria de Assistência Social, entrando em contato pelo telefone (53) 3257-2688.

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